Enchentes em Santa Catarina. O que podemos fazer para ajudar?

Em 05/12/2008 15h03 , atualizado em 05/12/2008 15h28 Por Gabriele Pires Alves

Imprimir
Texto:
A+
A-
PUBLICIDADE
Olá pessoal! Como vocês vêm acompanhando aqui no site, os vestibulares de todo o país andam a todo vapor. É tempo de revisar os últimos conteúdos e torcer para adquirir a tão sonhada vaga na universidade. Mas as condições climáticas e as dificuldades de locomoção dos candidatos devido às chuvas que afetaram os municípios de Santa Catarina adiaram um pouco o exame em algumas instituições.

As provas da 2ª fase da Udesc foram adiadas para o dia 14 de dezembro. O Cefet-SC decidiu aplicar as provas no dias 21 e 22 de dezembro. O adiamento das provas, no entanto, é o menor dos prejuízos causados pelas fortes chuvas. Até o momento, a Defesa Civil contabilizou 119 óbitos em 16 municípios e pelo menos 31 desaparecidos. O número de desabrigados supera a casa dos cinco mil, enquanto o de desalojados ultrapassa 30 mil.

Mas o que nós podemos fazer?

Doações de todo o país têm chegado às pessoas castigadas pelas chuvas em Santa Catarina por meio de nove contas bancárias abertas pela Defesa Civil. O montante ultrapassa R$ 18 milhões, mas o Banco do Brasil prevê que até este fim de semana a quantia chegue a R$ 20 milhões.

Quem quiser colaborar nesse momento de adversidade com mantimentos deve entrar em contato com o Departamento de Defesa Civil de seu estado. No caso do auxílio em dinheiro, deve ser feita uma consulta pelo telefone 0800 482020. Para agendar o envio de doações, o contato é pelo telefone: (48) 4009-9886.


Santa Catarina sofre com chuvas e deslizamentos

Lembrem-se! As pessoas atingidas pelas chuvas perderam boa parte ou todos os seus bens, por isso a Defesa Civil alerta para a doação de itens básicos como produtos de higiene pessoal e limpeza. Outra coisa, o órgão não encaminha e-mails para pedir doações, só ajude pelos meios oficiais descritos aqui.

Plano de recuperação

O governador Luiz Henrique decretou a criação do Grupo de Reação à Calamidade com a função de apoiar os municípios atingidos e agilizar o repasse dos recursos enviados pelo Governo Federal. A equipe se reunirá semanalmente com o objetivo de avaliar a evolução dos acontecimentos, seus impactos na economia catarinense e os trabalhos de recomposição da infra-estrutura. Os trabalhos não serão remunerados.

Na última quinta-feira (04), secretários de estado e presidentes de estatais se encontraram para a primeira reunião do grupo. O esboço do plano de recuperação definiu quatro eixos principais de ações:

1º: o cidadão deve receber assistência social por estar com a auto-estima comprometida e precisa ser estimulado a reagir e reconstruir a vida. Além dos benefícios concretos que o poder público deve levar, o contato pessoal é fundamental.
2º: o setor produtivo deve ser mobilizado para garantir fomento em todas as áreas produtivas atingidas.
3º: caberá ao setor público resolver os problemas existentes nos serviços básicos e de infra-estrutura para agilizar o reaquecimento do setor produtivo, assim como recuperar o patrimônio público atingido.
4º: ação e prevenção. A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), ajudará o estado a atuar com vigor em áreas através do monitoramento de eventos climáticos e ordenamento territorial, fundamental para o estudo das bacias hidrográficas.


Mais de cinco mil pessoas estão desabrigadas

A diretora presidente da Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (Cohab/SC), Maria Darci Mota Beck, propôs na reunião do Grupo de Reação à Calamidade a construção de três mil casas. A verba estimada em R$ 45 milhões, vem da União, do Governo do Estado e da iniciativa privada. Deste valor, a diretora solicitou ao governador Luiz Henrique o repasse de R$ 10 milhões, a serem liberados conforme a necessidade. Seis moradias já começaram a ser construídas esta semana no município de Itajaí. Além dessas, outras 150 casas vão ser levantadas até o Natal.

A prioridade é de beneficiar famílias com registro no atendimento da Defesa Civil do Estado, residentes nas áreas rural, ribeirinhas ou morros, as que o chefe de família seja um idoso ou uma mulher ou que possuam deficientes físicos, tenham um grande número de crianças e famílias que não possuam outra moradia.

Não era previsto tanta chuva nem um desastre desse nível em Santa Catarina, mas nós do Brasil Escola temos certeza que os catarinenses conseguirão retomar suas vidas e superar os desafios dessa fase de reconstrução. E você? Já colaborou com as vítimas dessa tragédia? Seja solidário e auxilie como puder.